terça-feira, 1 de maio de 2012

    
O perdão
Um vago olhar de trevas
Sombrio revés de face
Harmonia de acordes dissonantes
De ternura em ira é.

Olhos abjeto de horror:
O perdão da traição em ódio vil!
Nuvem negra sobre um face bela
Nuvem negra abril donzela.

Como criança de inocência pura
Um relicário de igual ternura é.
É? Eras! Em ódio virou o sorriso,
Porque meus olhos não viram somente a ti?

A traição dos amantes em dores são,
Uma rude face em vão o perdão:
Se o amor exceder a revolta
Hás de me receber do volta.